sábado, 19 de dezembro de 2015

Resenha: The Magicians - Unauthorized Magic (PILOTO)

   Okay respira, Henri!. Vamos lá!

   Acabo de assistir ao piloto de The Magicians e (um enfático“e”!), a impressão que tenho é a de que eu poderia me acomodar confortavelmente em uma poltrona, tendo ao lado uma jarra de suco detesto chá, e discorrer longas horas de considerações acerca dos 30 segundos iniciais da série. Dos 30 FUCKING!! segundos iniciais! Okay, o suco teria que ser de maracujá.

   Notem que vou precisar resistir ao impulso de me debruçar indefinidamente acerca do quão significativas foram as cenas de abertura. Mas permitam-me puxar um pouco da corda desse quilométrico rolo de barbante que é a abertura da série. Para não me demorar em descrições, selecionei algumas imagens e as distribuí abaixo na ordem em que surgem no piloto bendito print screen.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Resenha: A Salvo de Nada, de Olivier Adam



Marie é a personagem que protagoniza o romance escrito pelo francês Olivier Adam. É através da narrativa em primeira pessoa que veremos todos os cenários e acontecimentos que compõem a história que Marie tem para contar. Caminharemos por sua mente, conhecendo profundamente suas lembranças, reflexões, emoções e desejos. A mente de uma dona de casa desempregada e mãe de duas crianças - Lise e Lucas -,  imersa em uma rotina que a sufoca e a angustia. Uma personagem cuja companhia tende a ser, para o leitor, crescentemente desconfortável, incômoda, ao lado da qual não será tão fácil andar.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A Leitura e seu Poder de Simulação






"No fim não teremos apenas envelhecido, mas acrescentado vida aos nossos anos."

Mesmo sendo seres excepcionais, os humanos possuem ainda muitas limitações, em diversas áreas. Mas uma das características que nos tornam tão admiráveis é que estamos sempre tentando, de um modo ou de outro, superar essas limitações. Atualmente podemos nos locomover de um continente à outro em poucas horas ou mesmo em minutos. Voando. Sem necessidade escrever uma carta e aguardar dias ou semanas para que chegue ao destino, podemos transmitir nossa mensagem a um indivíduo que esteja do outro lado da cidade ou mesmo do outro lado do mundo. Uma ligação, algumas palavras digitadas em um aparelho celular e pronto, contato realizado com sucesso! Mas nem tudo são flores, por isso, vamos agora aos espinhos.

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Resenha: Oficina de Escritores: Um Manual Para a Arte da Ficção



Ao concluir a primeira leitura de Oficina de Escritores, voltei à primeira página e dei início a leitura novamente, realizando inúmeras marcações e anotações. Acredito que esse desejo de reler o livro irá assaltar a todos os que esperam um dia publicar seu primeiro livro, seguindo a carreira como escritores. Em especial, aqueles que desejam dar à seus futuros leitores uma história digna de sua apreciação, tempo e dinheiro. Stephen Koch, que durante vinte anos ensinou a arte da ficção na School of Arts da Columbia, disseca com entusiasmo, paixão e com medida certa de profissionalismo, diversos processos da escrita. Mesmo os leitores que não desejam seguir o ofício de escritores encontrarão nas páginas deste livro a dose suficiente de empolgação, que parece escapar das páginas qual carga elétrica.


Estou certo de que você encontrará bons motivos para deixar para amanhã, mas duvido muito que haja grande mérito em algum deles. [pág 2]

Antes de mais nada, tenha em mente que escrever é um ofício, uma profissão. Ou você realiza um bom trabalho ou faz um trabalho ruim, tudo dependerá do seu empenho em dominar as habilidades por da escrita.

Para começar, só a leitura nos treina a usar corretamente as palavras. Isso não é uma coisa qualque: a falta de correção implica falta de comunicação. Se você empregar mal a língua as pessoas não o entenderão. É preciso saber exatamente o que as palavras significam e como empregá-las. [pág. 55]

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

001# NA SUPERFÍCIE DA BOLHA: A Morte dos Leitores na Era dos Smartphones

Texto de 1 minuto



Sua mente tornou-se um produto que está sendo comprado para consumir apenas Facebook, Whatsapp, Instagram, Twitter, reality shows, virais da internet, youtube, fotografias, notícias, programas de TV, smartphones e seus milhares de aplicativos.
Seu celular está sempre em seu campo de visão, ao seu alcance. Bateria descarregada é sinônimo de um dia perdido.

É o tempo da multitarefa. E daí se pesquisas afirmam insistentemente que falar ao telefone enquanto responde aos amigos no bate papo, vê um clipe no youtube e consome uma quantidade absurda de informações está alterando a estrutura de seu cérebro e minando sua capacidade de concentração e atenção. Afinal, essas são moedas em desuso, desvalorizadas.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Por não conseguir ler, só pôde voltar para casa 25 anos depois


1982. Jaeyaena Beuraheng, uma muçulmana com 51 anos, nascida na Malásia, ingressa em um ônibus com o propósito de chegar à Narathiwat, uma província no sul da Tailândia. Com todos os passageiros devidamente instalados, a condução parte em direção ao seu destino. O que Jaeyeaena não sabe (e como poderia?) é que, ao desembarcar do coletivo, permanecerá longe de casa durante 25 anos, perdida e solitária, longe de todos os que a amam, de todos os rostos que ela conhece, sem ninguém para conversar, ninguém que a conseguisse entender. Uma estranha numa terra estranha. Durante cinco anos viverá como mendiga até ser levada para um abrigo para moradores de rua. Quando enfim conseguir encontrar o caminho de volta para casa, Jaeyaena terá 76 anos, aqueles que um dia vira pequeninos serão então adultos e terão suas próprias famílias e muitos de seus amigos já não estarão entre os vivos, tragados pela morte, que vem para todos a seu tempo. Tudo isso por haver embarcado no ônibus errado.

Jaeyaena hoje vive com sua família em Dusongyo, uma aldeia na província de Narathiwat.

O que a história de Jaeyaena tem a dizer sobre livros, sobre a leitura e sobre a importância de ambos? Por estranho que possa parecer, há bastante coisa, isso por que de modo geral, a vida não é muito diferente de ingressar em um coletivo.